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Hemoterapia do HSVP lança projeto Pílula do Amor

Essencial para procedimentos oncológicos, cirúrgicos, transplantes, intervenções de alta complexidade, cuidados neonatais, tratamento de feridos em emergências de diversos tipos, como desastres naturais, acidentes, conflitos armados, entre outros, o sangue é um produto complexo. Não pode ser substituído, e também não pode ser produzido artificialmente. A única forma de se obter é por meio de uma doação voluntária. Apesar de haver bilhões de pessoas em todo o mundo, pode-se dizer que o sangue é um produto raro. Isso porque apenas uma pequena porcentagem dessa população é doadora, além de que, para ser doador é preciso preencher alguns requisitos, imprescindíveis para garantir a segurança e a qualidade para o receptor.

No dia 14 de junho, é lembrado o Dia Mundial do Doador de Sangue e o Serviço de Hemoterapia do Hospital São Vicente de Paulo (HSVP), de Passo Fundo, lança o projeto “Pílula do Amor: O Poder de Fazer o Bem”. Com o objetivo de incentivar a doação e humanizar todos os processos do sangue, que vão desde a captação do doador até a transfusão, o projeto promove a troca de mensagens de carinho, apoio, agradecimento e esperança, espalhando o espírito da empatia.

A Pílula do Amor tem suas origens nos projetos Pílula da Vida e Pílula do Bem. O Pílula da Vida foi criado na Hemoterapia em 2011, e levava mensagens de doadores para pacientes que necessitavam de transfusão e vice-versa. O que também originou o Pílula do Bem, que levava mensagens de doadores antigos aos novos doadores do Serviço.

A Pílula do Amor foi criada há alguns anos por colaboradoras da Hemoterapia. Conforme explicam as enfermeiras, Eliane Bianchini e Janete Jaqueline Winckler, no ano passado, com a pandemia e a questão da empatia, foi criado dentro do Serviço de Hemoterapia o Grupo da Espiritualidade, que tinha como objetivo reunir algumas pessoas para levar motivação ao grupo como um todo. “Dentro das atividades desenvolvidas, houve a reativação do Pílula do Amor, para que as pessoas se sentissem valorizadas, amadas e motivadas”, conta Eliane.

A profissional ainda ressalta que, a ação tem a finalidade de mostrar que o doador de hoje pode se tornar um paciente em outro momento e precisar de sangue. “A Pílula do Amor é isso. Se hoje estou bem, posso doar amor e quando não estiver, alguém que esteja bem pode dar um pouco desse amor também”, destaca. 

Ambos eram projetos de humanização que deram origem ao livro de bolso “Mensagens de amor, sem olhar a quem”, lançado na 16ª Jornada Nacional de Literatura e 8ª Jornadinha Nacional de Literatura, em 2017. A obra é composta pelas mensagens trocadas entre doadores e pacientes por meios dos projetos.

Mais que promover a troca de mensagens, de carinho e amor, o projeto Pílula do Amor leva esperança, conforto e acolhimento aos pacientes que recebem, não somente o sangue doado, mas o amor e a afeição de quem dá, além de carinho, uma segunda chance para viver. E também aos familiares e amigos desses pacientes, que ganham novas memórias ao lado dos seus entes queridos. Doar sangue também é um gesto complexo, porque envolve mais que apenas solidariedade, empatia ou afeto, é doar uma parte de si para renascer em outra pessoa.

Fonte: O Nacional

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