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Polícia Civil deflagra a Operação Confiança em Passo Fundo

Operação investiga crimes cometidos por advogado passo-fundense

A Polícia Civil, através da Draco, coordenada pelo Delegado Diogo Ferreira, com apoio da DEIC/ SC, desencadeou a Operação Confiança nesta terça-feira (03). A ação investiga os delitos de apropriação indébita, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão em Passo Fundo, Florianópolis e Itapema.

O fato investigado é que um advogado representou e representa ex-acionistas em vários municípios do Rio Grande do Sul em demandas ajuizadas contra a Companhia Riograndese de Telecomunicações (CRT), sucedida pela Brasil Telecom S/A. Algumas ações foram ajuizadas na Comarca de Passo Fundo, Porto Alegre e outras cidades, sendo que a partir do ano de 2005, iniciou-se a fase de execução efetiva dos créditos conferidos aos ex-acionistas. Em um número expressivo de ações, o advogado formalizou acordos judiciais envolvendo os ex-acionistas.

Os acordos formalizados chamaram atenção por diversos motivos, dentre eles: renúncia significativa do crédito (de 50% a 90%) postulado na fase de execução de sentença; acordos formalizados por valores inferiores ao montante homologado, sendo que não havia possibilidade de alteração pelo trânsito em julgado; texto padrão das minutas com grande semelhança aos acordos firmados em um caso investigado há alguns anos em Passo Fundo.

Em alguns casos o advogado investigado reconheceu as lesões aos clientes e se comprometeu a liquidar os débitos de forma parcelada, reconhecendo de forma expressa a apropriação indébita. Entretanto, de acordo com a Polícia Civil, os pagamentos não ocorreram e atualmente a dívida ultrapassa a quantia de R$ 2,5 milhões somente com os clientes onde houve acordo reconhecendo a apropriação dos valores. Ou seja, o investigado firmou alguns acordos para ressarcir as vítimas dos valores devidos e não os honrou. No entanto, estima-se que mais de R$ 4 milhões foram apropriados pelo investigado, sendo que quando começaram as cobranças, o investigado dilapidou e ocultou seu patrimônio em nome de terceiros.

A realização das buscas serviu para apreender novos documentos e verificar para onde o investigado transferiu o patrimônio e identificar os laranjas. O advogado encontra-se com a OAB suspensa administrativamente no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina.

*Fonte: jornal Diário da Manhã de Passo Fundo.

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