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Um mês após deslizamento, ERS-122 segue bloqueada e sem previsão de liberação

Conforme o Daer, para 2020, estudos deverão ser encaminhados para a construção de uma contenção junto à encosta afetada pelos deslizamentos.

Há exatos 30 dias, o trecho da ERS-122, em Farroupilha, segue bloqueado e sem previsão de liberação do trecho, localizado na altura do quilômetro 43, para este ano. No dia 4 de novembro, um deslizamento de terra, seguido do desmoronamento de pedras de uma encosta, provocou a interdição do local, além de causar danos ao asfalto. Desde então, equipes do Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer) e Encopav, empresa responsável pela manutenção da rodovia, seguem trabalhando no recolhimento do material e na perfuração das rochas para efetuar explosões que possibilitem a remoção das pedras que ameaçam cair na via.

Foto: Encopav

Além de obrigar os motoristas a utilizarem vias secundárias para seguir o caminho que naturalmente seria realizado pelo trecho trancado, comércio e turismo também sofrem com a situação. Entre os principais setores da economia afetados estão as malharias de Farroupilha que projetam queda no faturamento de até 60%. O setor empresarial pressiona para que o secretário estadual dos Transportes, Juvir Costella, venha para a cidade, a fim de dar explicações e estimativas para a conclusão das obras que estão orçadas em R$ 2 milhões.

O fluxo de veículos também foi afetado drasticamente nestes últimos dias 30 dias. Diariamente, cerca de de 14 mil veículos trafegavam pela ERS-122 e que hoje precisam desviar pela ERS-446, em Carlos Barbosa, VRS-813, entre Farroupilha e Garibaldi, além da BR-116, em Caxias do Sul, considerado a via mais procurada pelos motoristas, provocando longas filas nos horários de pico e exigindo paciência e cuidados redobrados dos condutores nos dois sentidos.

Com bloqueio, fluxo de veículos também foi afetado drasticamente nestes últimos dias 30 dias. Foto: Encopav

Previsão de liberação total apenas em 2020

Uma notícia que frustrou a todos foi a de que a liberação total do trecho ocorra apenas no ano que vem, divulgada pelo diretor de Logística e Integração da Secretaria dos Transportes, Norberto Niederauer, no dia 27 de novembro. A demora em finalizar o trabalho ocorre pelo risco de novos desmoronamentos de pedras que estão presas na encosta e pelo trabalho minucioso na perfuração das rochas para a inserção de explosivos que visam derrubar as rochas que ameaçam cair.

Em coletiva à imprensa, o diretor de Infraestrutura Rodoviária do Daer, Luciano Faustino, o acompanhamento dos serviços é fundamental para garantir a segurança tantos dos trabalhadores quanto dos usuários da ERS-122. “Temos ciência da importância da rodovia e, desde o primeiro deslizamento, atuamos no sentido de resolver o problema o mais breve possível”, reforça. “No entanto, temos o compromisso de proteger as pessoas. Uma vida vale mais do que qualquer obra rodoviária”, conclui o dirigente.

A previsão é de que sejam realizados aproximadamente 60 furos. Até a terça-feira, 3 de dezembro, 57 buracos já haviam sido realizados. As perfurações agora ocorrem mais ao fundo da encosta, distante das bordas. Os furos, de até 15 metros de profundidade, serão utilizados para a colocação dos explosivos. É nesse ponto que a rocha será recortada do restante do maciço. Após as explosões, as equipes devem realizar a retirada do material, o que ainda não tem previsão de finalização.

Após o trabalho de limpeza, uma Daer deverá realizar uma avaliação no local para decidir se a liberação será total ou parcial, também sem expectativa de data para que isso ocorra. Conforme a autarquia, para 2020, estudos deverão ser encaminhados para a construção de uma contenção junto à encosta afetada pelos deslizamentos.

*Fonte: jornal O Semanário de Bento Gonçalves.

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