Rádio Club – Paraí RS

Rádio Club FM da cidade de Paraí, Rio Grande do Sul

O Rádio de pilha que contou, todos os dias, o que aconteceu nos últimos 49 anos.

Este rádio é de fevereiro de 1971. Eu tinha 11 meses de vida. Ele foi ligado todas as manhãs em cima da geladeira da cozinha de minha mãe e sintonizado na Rádio Guaíba, bem mais na Rádio Gaúcha e também na Sideral de Getúlio Vargas. Quando eu estava longe ele também me aproximava de minha mãe. Eu em Porto Alegre e minha mãe lá em Getúlio Vargas, distante 350 quilômetros, me ouvindo no bom e velho rádio Philips com 4 pilhas grandes. Em alguns dias sintonizava maravilhosamente, noutros com um pouco de chiado e de vez em quando com uma chiadeira. Dependia da carga das pilhas, que duravam, duravam e duravam e dependia também do tempo.

Ouvia-se o som dos relâmpagos em dia de chuva. Mas o rádio sempre estava lá, ligado. No dia a dia não era muito percebido por mim, pela minha irmã, pelo meu pai, mas sempre foi tratado com carinho pela dona Ariete. Ela cuidava de nós, cuidava da casa e ouvia. Se neste rádio pudessemos procurar as histórias que ele contou…quanta coisa! Na verdade estou encontrando algumas agora. Essa minha mãe nem ouviu, acho eu. Foi na rádio local, quando era criança: ao final de um rally o repórter perguntou para o último colocado: como é ser o retardado? e ouviu o esperado “retardado é a mãe”. KKK, acho que era num domingo à noitinha. Enfim, quase tudo o que aconteceu de importante nesses 49 anos e ainda um monte de coisas outras foram testemunhadas pela minha mãe através do radinho. O Cléo Kun ainda não fazia previsão do tempo. Mendes Ribeiro, Ranzolin, Lauro Quadros, Mendelski, Lasier, eu mesmo, Rogério Bordim, João Paulo Tisoco, Gerson Sidilóski, Valacir Cunha, Carlos Giongo…e outros mais recentes. Quanta gente se fez ouvir por ele!

Se este rádio tivesse alguma inteligência artificial, que resumo será que ele faria? Eu falei com minha mãe através dele, na rádio Sideral aos 15 anos, na gaúcha aos 25, na Band aos 45. Quanta gente passou por ele! Lauro Quadros foi um dos maiores inquilinos. Agora com todas as rádios transmitindo em FM, minha mãe decidiu aposenta-lo.

Descanse radinho. Vou colocar pilhas novas mas não será para te exigir demais. O repouso é merecido, por isso esta singela homenagem. Cumpriste tua missão de forma irretocável.

O jornalista Juliano Tonial se despediu do Grupo Bandeirantes nesta semana. Por decisão da empresa, o profissional deixou a casa  após sete anos, era apresentador do programa “Pulo do Gato”, que agora passa a ser responsabilidade da também jornalista Daniela Lemes. Ao Coletiva.net, Tonial informou que pretende se dedicar ao Direito, sua segunda área de formação. “Meu plano é tocar a advocacia, mas não sei se vou conseguir ficar fora da Comunicação”, pontuou, comentando que trabalha com Jornalismo há 33 anos.
Ainda, recordou à equipe de reportagem suas passagens profissionais em Porto Alegre, como na rádio Gaúcha, RBS TV, SBT e TV Justiça. O currículo de Tonial reúne ainda experiências em emissoras do Interior – Sideral, de Getúlio Vargas; Difusão, em Erechim; Uirapurú e Itamaracá FM, de Passo Fundo – e de fora do Rio Grande do Sul – Rede Globo e SBT, ambas em São Paulo. “Fui repórter, apresentador de TV e de rádio”, resumiu, assegurando seu sentimento de contribuição à sociedade.

O jornalista Juliano Tonial trabalha na área há 33 anos, tendo passagens profissionais em grandes veículos de comunicação como rádio Gaúcha, RBS TV, SBT e TV Justiça. O currículo de Tonial reúne ainda experiências em emissoras do Interior – Sideral, de Getúlio Vargas; Difusão, em Erechim; Uirapurú e Itamaracá FM, de Passo Fundo – e de fora do Rio Grande do Sul – Rede Globo e SBT, ambas em São Paulo.

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