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O que é a psoríase?

Doença que provoca manchas escamosas e avermelhadas na pele afeta autoestima e é carregada de preconceitos, apesar de não ser contagiosa

Talvez você não saiba, mas a socialite americana Kim Kardashian tem uma doença autoimune chamada psoríase, que provoca manchas escamosas e avermelhadas na pele. Em dezembro do ano passado, a empresária tornou pública sua condição e desde então abordou o assunto diversas vezes em suas redes sociais.  

Aos 39 anos, Kim revelou que teve a primeira manifestação da doença aos 25. A partir dos 30, porém, as aparições das manchas se tornaram mais frequentes.

Nesta terça-feira, 29 de outubro, é o Dia Mundial da Psoríase, criado para conscientizar e alertar a população sobre a doença. É importante frisar que ela não é contagiosa:

– A psoríase é uma das piores doenças no que se refere a afetar a qualidade de vida, pois as lesões são inestéticas e podem ser confundidas com doenças infecciosas. Há muito preconceito, desconhecimento e “nojo” por parte da população frente ao paciente com psoríase. Para a mulher, é muito ruim, pois lida com a autoestima, falta de aceitação. Muitos relacionamentos são prejudicados por causa da doença Mas homens, crianças, idosos, todos sofrem com a doença – afirma a médica dermatologista da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) Claudia Maia.

Donna consultou Claudia Maia e Clarissa Prati, vice-presidente da seccional gaúcha da Sociedade Brasileira de Dermatologia, para responder as principais dúvidas sobre o assunto. Confira:

O que é a psoríase?

A psoríase é uma doença crônica, inflamatória, imunomediada, de causa genética, que afeta a pele e também as articulações (as “juntas”).  A causa é desconhecida. 

Ela se manifesta por placas vermelhas, descamativas e com certo prurido (coceira), com lesões mais comumente sobre as áreas de trauma, como a superfície extensora dos membros (joelhos, pernas, cotovelos), na base da coluna (região sacra), no couro cabeludo e nas unhas, podendo ocorrer de forma menos descamativa também nas axilas e virilha. A psoríase pode se apresentar de forma variada, em pequenas ou grandes placas, acometendo superfície extensa ou sendo mais localizada.

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico é clínico, baseado no aspecto da lesão, mas na dúvida pode-se recorrer ao exame histopatológico feito por biópsia.  

É uma doença comum? 

A prevalência da psoríase na população brasileira é de 1,3 %. Não é muito, mas também não é um dado baixo.

Tem mais incidência em homens ou mulheres?

A psoríase afeta de forma similar homens e mulheres. Algumas vezes, há atraso no diagnóstico da doença em homens, que acabam por apresentar quadros um pouco mais graves, afetando também as articulações ou com outras doenças inflamatórias ou metabólicas associadas.

Existe cura? Qual é o tratamento indicado?

Não existe cura até o momento, mas é possível controlá-la com tratamentos diversos. A escolha do tratamento é feita pelo dermatologista, tendo em vista a gravidade do quadro, podendo ir desde pomadas e cremes, medicamentos orais, fototerapia e os medicamentos injetáveis (imunobiológicos).

O tratamento está disponível no SUS?

Em setembro deste ano, o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) de psoríase foi atualizado e incluiu medicamentos imunobiológicos modernos como opção de tratamento da doença. De acordo com o Ministério da Saúde, as novas opções de tratamento são alternativas para casos mais graves da doença ou para quando o paciente não responde bem aos medicamentos já ofertados. Os medicamentos já eram ofertados pelo SUS, mas tinham indicação para tratamento de outras doenças. 

Quais os fatores de risco?

Os fatores de risco são o histórico familiar do paciente e a presença de outras doenças imunomediadas, que por vezes antecedem o surgimento das lesões da pele.

O que pode agravar os sintomas?

Estresse, além do trauma local. Hábitos não saudáveis (fumo, alcoolismo, distúrbios metabólicos) também podem prejudicar o controle. Por outro lado, a exposição solar protegida e em horários adequados pode amenizar a doença. 

*fonte: GaúchaZH

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